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domingo, 13 de janeiro de 2013

Domingo do Batismo do Senhor

Nos evangelhos, os relatos do batismo de Jesus são sempre precedidos por informações sobre João Batista e seu ministério[12][13][14]. Neles, João pregava pela contrição e pelo arrependimento para remissão dos pecados e encorajava as esmolas para os pobres (como em Lucas 3:11) conforme ele ia batizando as pessoas na região do Rio Jordão, próximo da Pereia, por volta do início do período conhecido como ministério de Jesus. O Evangelho de João (João 1:28) especifica "Betânia, além do Jordão", ou seja Bethabara, na Pereia, quando ele se refere pela primeira vez a ele e, depois, João 3:23 se refere a mais batismos num lugar chamado "Enom, perto de Salim" "porque havia ali muitas águas"[15][16].
Os quatro evangelhos não são as únicas referências ao ministério de João na região do Jordão. Em Atos 10:37-38, Pedro se refere a como o ministério de Jesus se iniciou "depois do batismo que pregou João"[17]. Nas Antiguidades Judaicas (18.5.2[18]), o historiador judeu do século I Flávio Josefo também escreveu sobre João Batista e sua morte na Pereia[19][20].
Nos evangelhos, João já vinha profetizando (como em Lucas 3:16) a vinda de alguém "mais poderoso do que eu"[1][21]. Paulo também se refere a esta antecipação por João em Atos 19:4[22]. Em Mateus 3:14, ao se encontrar com Jesus, João diz: "Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?". Porém, Jesus o convence a batizá-lo mesmo assim[23]. Na cena batismal, após Jesus emergir da água, o céu se abre e uma "voz divina" diz: "Tu és o meu Filho dileto, em ti me agrado.". O Espírito Santo então descende sobre Jesus na forma de uma pomba em Mateus 3:13-17, Marcos 1:9 e Lucas 3:21-23[1][21][23]. Em João 1:29-33, ao invés de uma narrativa direta, encontramos João Batista testemunhando o evento[1][2].
Este é um dos casos nos evangelhos onde uma voz divina chama Jesus de "Filho", sendo a outra durante a transfiguração de Jesus[24][25].
Após o batismo, os evangelhos sinóticos seguem descrevendo a tentação de Jesus, mas João 1:35 narra o primeiro encontro entre Jesus e dois de seus futuros discípulos, que eram na época discípulos de João Batista[26][27]. Nesta narrativa, no dia seguinte, João Batista vê Jesus novamente e o chama de Cordeiro de Deus e "Os dois discípulos, ouvindo dizer isto, seguiram a Jesus"[17][28][29]. Um deles é chamado de André, mas o nome do outro não é revelado. Raymond E. Brown levanta a hipótese de que o outro poderia ser o autor do Evangelho de João, João Evangelista[2][30]. Seguindo na narrativa, os dois agora passaram a ser discípulos de Jesus daí em diante e trazem outros para o grupo. Eventualmente, em Atos 18:24 até Atos 19:6, estes discípulos terminam por se misturar ao corpo maior de seguidores de Jesus[2][26].

HOMILIA DE BENTO XVI PARA ESTE DOMINGO DO BATISMO DO SENHOR

Queridos irmãos e irmãs,

A alegria surgida na celebração do Santo Natal encontra hoje cumprimento na festa do Batismo do Senhor. A esta alegria vem acrescentado um outro motivo para nós que estamos aqui reunidos: no sacramento do Batismo que daqui a pouco administrarei a estes bebês se manifesta de fato a presença viva e operante do Espírito Santo que, enriquecendo a Igreja com novos filhos, a vivifica e a faz crescer, e com isso não podemos não nos alegrar. Desejo dirigir uma especial saudação a vós, queridos pais, padrinhos e madrinhas, que hoje testemunham a vossa fé solicitando o Batismo para estas crianças, para que sejam geradas à vida nova em Cristo e comecem a fazer parte da comunidade dos crentes.

A história evangélica do batismo de Jesus, que hoje ouvimos segundo a narração de São Lucas, mostra o caminho de redução e humildade que o Filho de Deus escolheu livremente para aderir ao desígnio do Pai, para ser obediente à sua vontade de amor para o homem em tudo, até o sacrifício na cruz. Tornado então homem, Jesus inicia o seu ministério público indo para o rio Jordão para receber de João um batismo de arrependimento e de conversão. Acontece aquilo que aos nossos olhos poderia parecer paradoxal. Jesus precisou de arrependimento e conversão? Certamente não. No entanto, propriamente Aquele que é sem pecado coloca-se entre os pecadores para fazer-se batizar, para cumprir este gesto de penitência; o Santo de Deus se une a quantos se reconhecem necessitados de perdão e pedem a Deus o dom da conversão, isso é, a graça de voltar-se a Ele com todo o coração, para ser totalmente seu. Jesus quer colocar-se do lado dos pecadores, fazendo-se solidário com esses, exprimindo a proximidade de Deus. Jesus se mostra solidário conosco, com o nosso esforço de nos convertermos, de deixar os nossos egoísmos, de separar-nos dos nossos pecados, para dizer-nos que se O aceitamos na nossa vida, Ele é capaz de levantar-nos e nos conduzir a Deus Pai. E esta solidariedade de Jesus não é, por assim dizer, um simples exercício da mente e da vontade. Jesus imergiu-se realmente na nossa condição humana, a viveu até o fim, exceto no pecado, e é capaz de entender a fraqueza e a fragilidade. Por isto Ele se move pela compaixão, escolhe “sofrer com os homens”, fazer-se penitente junto a nós. Esta é a obra de Deus que Jesus quer cumprir: a missão divina de curar quem está ferido e remediar quem está doente, tomar sobre si o pecado do mundo.

O que acontece no momento em que Jesus se deixa batizar por João? Diante deste ato de amor humilde da parte do Filho de Deus, se abrem os céus e se manifesta visivelmente o Espírito Santo sobre forma de pomba, enquanto uma voz do alto exprime a complacência do Pai, que reconhece o Filho unigênito, o Amado. Trata-se de uma verdadeira manifestação da Santíssima Trindade, que dá testemunho da divindade de Jesus, do seu ser o Messias prometido, Aquele que Deus mandou para libertar o seu povo, para que seja salvo (cfr Is 40,2). Realiza-se assim a profecia de Isaías que ouvimos na Primeira Leitura: o Senhor Deus vem com poder para destruir as obras do pecado e o seu braço exerce o domínio para desarmar o Maligno; mas tenhamos em mente que este braço estendido na cruz e que o poder de Cristo é o poder Daquele que sofre por nós: este é o poder de Deus, diferente do poder do mundo; assim vem Deus com poder para destruir o pecado. Realmente Jesus age como o bom Pastor que apascenta o rebanho e o reúne, para que não seja disperso (cfr Is 40,10-11), e oferece a sua própria vida para que tenha vida. É pela sua morte redentora que o homem é libertado do domínio do pecado e é reconciliado com o Pai; é pela sua ressurreição que o homem é salvo da morte eterna e é feito vitorioso sobre o mal.
Queridos irmãos e irmãs, o que acontece no Batismo que daqui a pouco administrarei às vossas crianças? Acontece propriamente isto: serão unidos de modo profundo e para sempre com Jesus, imersos no mistério deste seu poder, isto é, no mistério da sua morte, que é fonte de vida, para participar da sua ressurreição, para renascer a uma vida nova. Então o prodígio que hoje se repete também para as vossas crianças: recebendo o Batismo, esses renascem como filhos de Deus, participantes da relação filial que Jesus tem com o Pai, capaz de dirigir-se a Deus chamando-O com plena segurança e confiança: “Abbá, Pai”. Também sobre as vossas crianças o céu está aberto, e Deus diz: estes são os meus filhos, filhos da minha complacência. Inseridos nesta relação e libertados do pecado original, esses se tornam membros vivos do único corpo que é a Igreja e são capazes de viver em plenitude a sua vocação à santidade, de forma que possa herdar a vida eterna, obtida a partir da ressurreição de Jesus

Queridos pais, no solicitar o Batismo para os vossos filhos, vós manifestais e testemunhais a vossa fé, a alegria de ser cristãos e de pertencer à Igreja. É a alegria que vem da consciência de ter recebido um grande presente de Deus, a fé precisamente, um presente que nenhum de nós pôde merecer, mas que nos foi dado gratuitamente e ao qual respondemos com o nosso “sim”. É a alegria de reconhecer-nos filhos de Deus, de descobrir-nos confiados às suas mãos, de sentir-nos acolhidos em um abraço de amor, do mesmo modo que uma mãe apoia e abraça o seu filho. Esta alegria, que orienta o caminho de cada cristão, é baseada em um relacionamento pessoal com Jesus, um relacionamento que orienta toda a existência humana. É Ele de fato o sentido da nossa vida, Aquele sobre o qual vale a pena ter fixo o olhar, para ser iluminados pela sua Verdade e poder viver em plenitude. O caminho de fé que hoje começa para estas crianças se baseia por isso em uma certeza, sobre a experiência de que não há nada maior que conhecer Cristo e comunicar aos outros a amizade com Ele; somente nesta amizade revela-se verdadeiramente o grande potencial da condição humana e podemos experimentar isso que é belo e que liberta (crf Homilia na Santa Missa pelo início do pontificado, 24 de abril de 2005). Quem fez esta experiência não está disposto a renunciar à própria fé por nada neste mundo.

A vós, queridos padrinhos e madrinhas, a importante tarefa de apoiar e ajudar o trabalho educativo dos pais, estando ao lado deles na transmissão da verdade da fé e no testemunho dos valores do Evangelho, no fazer crescer estas crianças em uma amizade sempre mais profunda com o Senhor. Saibam sempre oferecer a elas o vosso bom exemplo, através do exercício das virtudes cristãs. Não é fácil manifestar abertamente e sem compromissos isso em que se crê, especialmente no contexto em que vivemos, diante de uma sociedade que considera sempre fora de moda e fora de tempo aqueles que vivem da fé em Jesus. Na esteira dessa mentalidade, pode estar também entre os cristãos o risco de entender o relacionamento com Jesus como limitante, como algo que mortifica a própria realização pessoal; “Deus é visto como o limite da nossa liberdade, um limite a eliminar a fim de que o homem possa ser totalmente ele mesmo” (A infância de Jesus, 101). Mas não é assim! Esta visão mostra não ter entendido nada do relacionamento com Deus, porque propriamente mão a mão que se procede no caminho da fé, se compreende como Jesus exerce sobre nós a ação libertante do amor de Deus, que nos faz sair do nosso egoísmo, de ser transformados em nós mesmos, para nos conduzir a uma vida plena, em comunhão com Deus e aberta aos outros. “ “Deus é amor; quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele” (1 Jo 4, 16). Estas palavras da Primeira Carta de João exprimem com singular clareza o centro da fé cristã: a imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do homem e do seu caminho” (Enc. Deus caritas est, 1).

A água com a qual estas crianças serão marcadas em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo as imergirá naquela “fonte” de vida que é o próprio Deus e que as tornará seus verdadeiros filhos. E a semente das virtudes teologais, infundida por Deus, a fé, a esperança e a caridade, sementes que hoje são colocadas no coração delas pelo poder do Espírito Santo, deverão ser alimentadas sempre pela Palavra de Deus e pelos Sacramentos, de forma que estas virtudes do cristão possam crescer e atingir a plena maturidade, para fazer de cada uma delas um verdadeiro testemunho do Senhor. Enquanto invocamos sobre estes pequenos o derramamento do Espírito Santo, os confiamos à proteção da Virgem Santa; ela os proteja sempre com a sua materna presença e os acompanhe em cada momento das suas vidas. Amém.

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