Encomendas e reformas de Imagens Sacras

Encomendas e reformas de imagens simples e bordadas COM APLICAÇÃO DE FOLHA DE OURO e produção de alfaias e paramentos pintados a mão.
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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Pe. Gabiele Amoth, exorcista, fala sobre as propriedades destes elementos benzidos e exorcizados. Curas e libertações ocorrem, pois afasta o mal. Além disso tem propriedades terapêuticas.
De todos os meios a que o exorcistas (e não só exorcistas) recorrem com freqüência, citamos em primeiro lugar a água exorcizada (ou pela menos benzida), o azeite (de azeitona) exorcizado e o sal exorcizado. Qualquer sacerdote pode rezar as orações do Ritual para exorcizar estes três elementos, não sendo necessária nenhuma autorização especial. Mas é muito útil conhecer o uso específico destes três sacramentais que, usados com fé, são de uma enorme utilidade.

A água benta ocupa um lugar fundamental em todos os ritos litúrgicos. A sua importância leva-nos de novo à aspersão batismal. Durante a oração de benção, pede-se ao Senhor para que a aspersão desta água nos traga os três benefícios seguintes: o perdão dos nossos pecados, a defesa contra as ciladas do Maligno e o dom da proteção divina.

A oração do exorcismo da água proporciona outros tantos efeitos: afugentar todo o poder do demônio, desarraigá-lo e expulsá-lo; também na gíria popular quando se querem indicar duas coisas absolutamente opostas, diz-se que são como o diabo e a água benta.

Em seguida a oração continua, sublinhando outros efeitos além de expulsar os demônios: curar doenças, aumentar a graça divina, proteger as casas e todos os locais onde os fiéis moram, de toda a influência imunda causada pelo pestilento satanás. E acrescenta: que as ciladas do demônio infernal sejam vencidas e que a serenidade e a saúde dos habitantes sejam protegidas de toda a eventual presença nociva, susceptível de perigar a paz dos habitantes, a fim de gozarem de serenidade e saúde.

O óleo exorcizado, utilizado com fé, permite igualmente enfraquecer o poder dos demônios, os seus ataques e os fantasmas que suscitam. Recupera também a saúde da alma e do corpo; lembremos simplesmente o antigo costume de ungir as feridas com óleo e o poder que Jesus conferiu aos Apóstolos de curar os doentes pela imposição das mãos e a unção com óleo.

O óleo exorcizado tem, além disso, a propriedade específica de libertar o corpo do malefício. Aconteceu-me muitas vezes abençoar pessoas que tinham sido vítimas de bruxaria comendo ou bebendo qualquer coisa maléfica. É fácil compreender aquele mal de estômago de que já falamos ou ainda o fato de estas pessoas terem uma tendência para vomitar ou para começar com manifestações de soluços ou de arrotos especialmente em encontros de caráter religioso: quando vão á igreja, quando rezam, mas, sobretudo, quando são exorcizadas. Nesses casos o organismo, para se libertar, deve expelir tudo o que tem de maléfico. O óleo exorcizado ajuda imenso a despegar e a libertar o corpo dessas impurezas. Pode-se também beber água benta com esta finalidade.

Convém mencionar alguns pormenores sobre este ponto, embora aqueles que não estão acostumados a estes fenômenos ou que nunca assistiram, tenham dificuldade em acreditar no que eu vou dizer.

Que coisas é que são expulsas? Por vezes saliva espessa e espumosa; outras vezes uma espécie de papa branca e granulosa. Outras ainda objetos dos mais variados: pregos, pedaços de vidro, bonequinhas pequenas em madeira, fios de corda com nós, fios de ferro enrolados, fios de algodão de diferentes cores, coágulos de sangue...essas coisas por vezes são expulsas pelas vias naturais; mas a maior parte das vezes vomitando. Repare-se que isso não provoca nunca o mínimo perigo ao organismo (que pelo contrário fica aliviado), mesmo que se trate de bocados de vidro cortantes.

O Pe. Cândido tinha uma pequena vitrine cheia deste tipo de objetos, expulsos por diversas pessoas. Noutros casos a expulsão permanece um ministério: a pessoa sente por exemplo uma dor abdominal como se tivesse um prego no estômago, depois encontra um prego no chão, ao seu lado, e a dor desaparece. Tem-se a impressão de que todos estes objetos se materializam exatamente no instante em que são expulsos.

O Pe. Cândido afirmou durante uma entrevista “vi pessoas deitar bocados de vidro, de ferro, cabelos, ossos, algumas vezes pequenos objetos em plástico tendo a forma de uma cabeça de gato, de leão ou serpente. Estes objetos estranhos têm certamente uma ligação com a causa que determinou a possessão diabólica”.

O sal exorcizado serve também para expulsar os demônios e para preservar a saúde da alma e do corpo. Mas uma das suas propriedades específicas consiste em proteger os lugares da influências ou presenças maléficas. Habitualmente, nestes casos, aconselho espalhar o sal exorcizado sobre a soleira da porta da casa e nos quatro cantos da divisão ou divisões que se suspeita estarem infestadas.

O “mundo católico incrédulo” rir-se-á talvez perante estas afirmações. A verdade é que a ação dos sacramentais é tanto mais eficaz quanto maior for a fé; sem ela muitas vezes são ineficazes.

O Vaticano II, retomando os termos do Direito Canônico (Can. 1166), define-os como “os sinais sagrados com os quais por uma certa imitação dos sacramentos têm significado e obtêm efeitos especialmente espirituais, pela intercessão da Igreja”. Quem os utilizar com fé obtém resultados inesperados. Sei de muitos males rebeldes aos medicamentos que desaparecem unicamente porque o interessado tinha feito sobre ele um sinal da cruz com óleo exorcizado.

No que se refere às casas (de que falaremos aperte) é particularmente eficaz queimar incenso benzido. O incenso foi sempre considerado, mesmo junto dos povos pagãos, como um antídoto contra os espíritos malignos e um meio de louvar e adorar a divindade. Embora o seu emprego litúrgico seja extremante reduzido, continua a ser um meio eficaz de louvar e de lutar contra o Maligno.

O Ritual contém uma benção especial para as roupas. Constatamos várias vezes a eficácia sobre pessoas incomodadas por presenças diabólicas. Por outro lado, isto constitui um teste para determinar se a pessoa é ou não vítima de presenças diabólicas. Também é útil saber isto.

Nós, os exorcistas somos muitas vezes consultados por pessoas (pais, noivos...) que suspeitam que um dos seus próximos seja vítima do demônio, mas infelizmente essa pessoa não acredita nessas coisas, muitas vezes não tem qualquer fé religiosa e não está disposta de modo nenhum a receber a benção dum padre.

O que fazer nestes casos?
Acontece por vezes que, tendo sido benzidas algumas das suas roupas, a pessoa em questão despe-as imediatamente após as ter vestido, não suportando o contato com elas. Já demos um exemplo anteriormente. Também se pode fazer o teste da água benta. Por exemplo uma mãe suspeita dum filho ou do marido, prepara para todos a sopa feita com água benta; ou usa-a no chá ou no café. A pessoa que é vítima pode achar este alimento amargo ou intragável mas sem saber porquê.

No entanto, chamamos a atenção para o fato de estes testes poderem ser revelados nos casos positivos: isto é, se uma pessoa é sensível ao fato de a água estar ou não benzida, poderá ser sintoma de uma presença maléfica. Porém o raciocínio inverso não é concludente: o fato de uma pessoa não reagir a este tipo de testes não permite excluir a possibilidade de ter uma presença maléfica. O demônio faz tudo para não ser descoberto.

Mesmo durante os exorcismos o demônio procura esconder-se; e o Ritual põe mesmo de sobreaviso o exorcista contra os fingimentos diabólicos. Por vezes o demônio ou não responde ou dá respostas estúpidas, não atribuíveis a um espírito inteligente como ele é. Outras vezes finge ter saído do corpo de possesso e de ter deixado de o perturbar, esperando assim evitar que a pessoa procure bênçãos do exorcista.

Outras vezes impede por todos os meios que a pessoa se submeta aos exorcismos: poderão ser obstáculos físicos ou, na maior parte das vezes, psíquicos que fazem com que o paciente não compareça ao encontro com o exorcista no dia marcado, a não ser que seja forçado por um parente ou amigo.

Outras vezes finge os sintomas de uma doença quase sempre psíquica, para dissimular a realidade da sua presença e fazer crer que a pessoa sofre de uma doença natural.

Outras vezes o paciente tem sonhos ou visões em que tem a ilusão de que o Senhor, a Virgem Santíssima ou qualquer Santo o libertou, fato que o leva a anular a sua marcação com o exorcista, dizendo-lhe, eventualmente, já estar liberto.

Os sacramentais indicados, além da ajuda específica própria de cada um, servem também para desmascarar, pelos menos parcialmente, as diversas ciladas do Maligno. Estas ciladas são muito numerosas e é preciso rezar muito para obter a graça do discernimento.

Citemos, entre os casos mais freqüentes: os que julgam ter visões ou ouvir vozes interiores; os que se abandonam a um misticismo falso ou se fazem passar por “vidente”. Quando não se trata de doenças psíquicas, estes casos são muitas vezes o fruto de engano do demônio.

Termino este capítulo com um episódio relacionado com a água benta.

Um dia Pe. Cândido ia exorcizar um possesso. O sacristão aproximou-se dele com o recipiente da água e o hissope. O demônio disse-lhe imediatamente: “lava o focinho com esta água!”. Só então o sacristão se lembrou que tinha enchido o reservatório na torneira, mas que se tinha esquecido de mandar benzer a água.

O novo Ritual de Bênçãos, obrigatório desde 1 de Abril de 1993, mudou a fórmula, mas certamente não lhe alterou os efeitos, embora já não venha indicado explicitamente.

benção do oleo

Eu te abençôo e exorcizo, óleo, criatura de Deus, em nome de Deus + Pai Onipotente, que fez o céu e a terra, e tudo o que eles contém. Que o poder do adversário, as legiões demoníacas, e todos os ataques e insidias de satanás sejam banidos e lançados para bem longe desta criatura, o óleo. Que ele traga saúde aos corpos e almas de todos os que o usarem, em Nome de Deus + Pai Todo Poderoso, e de Nosso Senhor Jesus Cristo + Seu Filho, que virá julgar os vivos e os mortos e o mundo pelo fogo. Amém

Oração
Senhor Deus Onipotente, diante de vossa face estão de pé os exércitos dos anjos, cheios de reverência, e reconhecemos seu ministério celeste. Dignai-vos olhar com benevolência, abençoar e santificar este óleo, criatura vossa.
Concedei, nós vos pedimos, àqueles que usarem deste óleo, que abençoamos em vosso nome, serem libertos de toda dor, de toda enfermidade e de todas as astúcias do inimigo. Seja ele um meio de afastar as astúcias do inimigo. Seja ele um meio de afastar dos homens, feitos a vossa imagem e remidos pelo precioso sangue do Vosso Filho, toda sorte de adversidades e nunca mais sofram a ferida da antiga serpente.
Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

SANTA AGUEDA BENÇÃO DOS SEIOS

BENÇÃO DE SANTA AGUEDA


Ó Santa Ágata, vem em meu socorro, vós que sofrestes com os seios mutilados que nunca amamentaram; vós que sentistes tamanha dor, dai-nos vossa coragem para vencer a tristeza e a angústia, transformando-as em alegria e esperança. Curai-me com a vossa fé e lavai com o sangue do vosso martírio as marcas da doença e dos sentimentos negativos.
Ó Santa Ágata, dai-me merecer vossas virtudes e vossa fidelidade a Cristo para vencer os males, perigos e doenças que ameaçam a vida. Intercedei junto a Deus Pai pela minha saúde, de minha família e de todos que em vós confiam para que a cura seja completa, atingindo também minha alma e assim por inteiro eu possa servir a Deus e aos irmãos a caminho da gloria da ressurreição. Pela glória do vosso martírio, dai-me força para suportar as dores e os sofrimentos que me afligem e apresentai a Cristo a minha confiante súplica. Amém!
Rezar o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Glória ao Pai.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

dia 31 de janeiro dia de São João Bosco

Família

Nasceu do segundo casamento de Francesco Bosco, tendo por mãe Margherita Occhiena. A família era ainda composta pelo irmão do primeiro casamento do pai, Antônio, e seu irmão mais velho, José.
Ficou órfão de pai quando tinha apenas dois anos de idade. Diante da difícil situação econômica porque passava o norte da Itália, sua infância foi marcada pela pobreza da família.

Formação Sacerdotal

Começou a estudar por volta dos nove anos, aos dezesseis anos passa a freqüentar a escola de Castelnuovo D'Asti e aos vinte ingressa no Seminário de Chieri, sendo ordenado sacerdote em 5 de junho de 1841, pelo bispo Luigi Fransoni. Após a ordenação, transfere-se para Turim.

Atuação como sacerdote em Turim

Basílica de Dom Bosco em Castelnuovo Don Bosco, Itália
No contexto da revolução industrial na Itália, havia grande contingente de jovens sem família nas grandes cidades. Desde 1809, em Milão, a igreja católica mantinha um tipo de obra assistencial para jovens denominada oratório, que se ocupava de lazer, educação e catequese. O primeiro oratório de Turim foi fundado em 1841, pelo padre Giovanni Cochi. Influenciado por essas iniciativas, Bosco funda em 8 de dezembro de 1841 um oratório em Turim, quando atende e ensina o jovem Bartolomeo Garelli na sacristia da Igreja de São Francisco de Assis. Em 8 de dezembro de 1844, esse oratório passa a denominar-se 'Oratório de São Francisco de Sales e em 1846 passou a ter sua sede numa propriedade de Francisco Pinardi, no bairro turinense de Valdocco.

Atuação política em Turim

O cenário político do Piemonte e em toda Itália era de caráter revolucionário, com inúmeros conflitos entre o Estado em formação e a Igreja Católica, durante todo o período do Risorgimento. Seus biógrafos registram sua amizade com políticos como Camilo de Cavour e Humberto Ratazzi, pessoas influentes como a Marquesa Barolo, amizade direta com o Papa Pio IX e com o Papa Leão XIII. Localmente, o Arcebispo de Turim que ordenou São João Bosco, Dom Luigi Fransoni esteve tanto no exílio como preso, tendo recusado os últimos sacramentos ao ministro Santa Rosa e por isso tendo sido repreendido pelo Rei Vítor Emanuel. Seu sucessor, Dom Lorenzo Gastaldi, teve uma longa disputa com São João Bosco, que resultou num processo canônico. A paz entre ambos só se fez mediante decisão de Leão XIII. As relações com políticos italianos e com papas, de forma muito direta, teriam dado a João Bosco uma posição política que parecia, sobretudo ao bispo Gastaldi, ameaçar a ordem hierárquica da Igreja.

Realizações

Fundação dos Salesianos

Bosco pensava em organizar uma associação religiosa, contudo, o contexto político da unificação da Itália, a disputa pela separação entre Estado e Igreja, não estimulavam a criação de uma ordem religiosa nos moldes tradicionais.
O ministro Umberto Ratazzi lhe sugeriu organizar uma sociedade de cidadãos que se dedicasse às atividades educativas realizadas pelos oratórios em moldes civis. Bosco propõe a Sociedade de São Francisco de Sales, que seria vista como uma associação de cidadãos aos olhos do Estado e como uma associação de religiosos perante a Igreja. Após consultar o Papa Pio IX, Bosco recebeu de seus companheiros padres, seminaristas e leigos a adesão à Sociedade de São Francisco de Sales em 18 de dezembro de 1859 e em 14 de março de 1862, os primeiros salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. A partir de 1863, além dos oratórios, os salesianos passam a se dedicar também aos colégios e escolas católicas para meninos e jovens. Com a separação entre Estado e igreja, há forte demanda por escolas católicas, fazendo com que esse tipo de instituição se dissemine rapidamente. As regras da Sociedade, chamadas de Constituições, foram aprovadas pela igreja em 1874. Em sua morte, em 1888, a Sociedade contava com 768 membros, com 26 casas fundadas nas Américas e 38 na Europa.

Fundação das Filhas de Maria Auxiliadora

Santa Maria Mazzarello.
Em 1861, na cidade italiana de Mornese, Maria Domingas Mazzarello convida sua amiga Petronilla para juntas organizarem uma oficina de costura para meninas. Em 1863 a oficina começa a acolher meninas órfãs. O seu trabalho é superviosionado pelo Pe. Domingos Pestarino, que havia se associado aos salesianos. Com o auxílio de Pestarino, Bosco propõe às jovens que se organizem como uma congregação religiosa, com o nome de Filhas de Maria Auxiliadora e em 5 de agosto de 1872 as primeiras salesianas fazem seus votos. Maria Mazzarello foi a primeira superiora da congregação.

Fundação da Associação dos Salesianos Cooperadores

De início, a proposta da Sociedade de São Francisco de Sales incluía, padres, irmãos e leigos externos, porém essa forma de organização não foi aprovada pela igreja católica, que queria apenas padres e irmãos, como nas demais congregações. Sendo assim, Bosco propôs a associação leiga dos Salesianos Cooperadores, que foi aprovada em 1876 pelo Papa Pio IX. O objetivo era o mesmo da Sociedade de São Francisco de Sales, a saber: o trabalho educativo e catequético junto aos meninos e aos jovens. Em sua forma de associação, tornou-se uma sociedade mista, com homens e mulheres leigos.

Sonhos de João Bosco

Há controvérsia se seriam sonhos, visões ou premonições. O próprio São João Bosco parece que não sabia muito bem como lidar com esses eventos. Por fim, decidiu dar-lhes atenção, pois muitas vezes eram sonhos de caráter premonitório, que o avisavam sobre a morte iminente de algum aluno ou salesiano. Era seu costume contar o sonho a seu confessor ou diretor espiritual antes de contá-lo aos demais. Com relação aos sonhos de São João Bosco, o (beato) Papa Pio IX, ordenou-lhe que consignasse tudo por escrito, em seu sentido literal e de forma detalhada, para maior estímulo dos filhos da Congregação Salesiana.

O sonho sobre sua missão

A biografia de João Bosco elenca inúmeros sonhos, desde o primeiro, ainda na infância, quando se vê brigando com outros meninos e um homem – de acordo com os símbolos do sonho, Jesus Cristo - se aproxima e lhe diz para educar Não com pancadas, mas com carinho.

Dom Bosco e Brasília

Em outro sonho, vê, entre os paralelos 15 e 20 do hemisfério sul, um lugar de muita riqueza, próximo a um lago:
Tra il grado 15 e il 20 grado vi era un seno assai lungo e assai largo que partiva di un punto che formava un lago. Allora una voce disse ripetutamente, quando si verrano a scavare le miniere nascoste in mezzo a questi monti di quel seno apparirà qui la terra promessa fluente latte e miele, sarà una ricchezza inconcepibilie. (Memorie Biografiche, XVI, 385-394)
Esse lugar é atribuído por alguns intérpretes como sendo Brasília, motivo pelo qual São João Bosco é um considerado um dos padroeiros dessa cidade brasileira.

Canonização de Dom Bosco

O contexto da beatificação e canonização de Dom Bosco

Tendo participado do período do Risorgimento e se relacionado com seus atores principais, Dom Bosco acabou por participar, indiretamente, da resolução do último aspecto que aquele movimento deixou em aberto para o século XX: a Questão Romana.
O momento da beatificação de Dom Bosco (1929) coincide com a Concordata de São João de Latrão, celebrada entre Benito Mussolini e o Cardeal Pietro Gasparri, com a aprovação do Papa Pio XI. A coincidência não é gratuita, mas representa naquele momento, uma expressão de nacionalismo italiano, com Mussolini, que estudara um ano no colégio salesiano de Faenza, elogiando Dom Bosco e com Pio XI pondo fim ao poder temporal da Igreja, permitindo a final unificação da Itália e considerando Mussolini um "homem da Providência". Na canonização de Dom Bosco em (1934) o contexto será bem outro. Descontente com os rumos do fascismo e do nazismo, Pio XI escreverá duas encíclicas, uma em alemão e outra em italiano, condenando ambas as ideologias.
O uso político da popularidade e italianidade de Dom Bosco e dos salesianos é recorrente na Itália. Em 2005, o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi visitou o Instituto Salesiano Santo Ambrósio, em Milão, onde foi aluno, para recordar que aprendera com Dom Bosco que "é preciso estar de acordo com todos

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A nossa proteção está no nome do Senhor.
R//. Que fez o céu e a terra.
V//. O Senhor esteja convosco.
R//. Ele está no meio de nós.
Oremos.
Deus todo-poderoso e cheio de ternura, com uma só palavra criastes toda a variedade dos seres, e quisestes que para recriar o homem o mesmo Verbo, pelo qual tudo foi feito se encarnasse. Vós sois grande e imenso, digno de temor e louvor, e fazeis tantas maravilhas! Por vós o glorioso bispo e mártir São Brás, em proclamação da sua fé, sem temer os tormentos mais variados, conquistou a palma do martírio. Vós lhe conferistes, entre outras graças, a prerrogativa de curar, por vossa virtude, todos os males da garganta. Suplicamos, pois, a vossa Majestade que, sem olhar as nossas culpas, mas, antes, aplacado por seus méritos e preces, vos digneis, em vossa venerável bondade, abençoar + e santificar + esta cera, criatura vossa. Infundi nela a vossa graça, para que todos, cujos pescoços forem com fé tocados por ela, fiquem livres de qualquer doença da garganta pelos méritos do martírio dele e, sãos e risonhos possam dar-vos graças em vossa santa assembléia e louvar o vosso nome glorioso, que é bendito pelos séculos dos séculos. Por Cristo, nosso Senhor. R//. Amém.
E asperge as velas com água benta.
Os que recebem a bênção ajoelham-se ou ficam em pé diante do altar. O sacerdote aplica duas velas cruzadas à garganta de cada um, dizendo;
Pela intercessão de São Brás, bispo e mártir, livre-te Deus dos males da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai e do Filho + e do Espírito Santo. Amém.
Obs. Uma possível adaptação pastoral: ao invés de aplicar a fórmula da bênção individualmente o que tornaria a cerimônia muito longa e para não perder o significado do rito, pode-se dizer a fórmula a sobre três pessoas e ao pronunciar as palavras ir tocando os pescoços com as velas.
Bênção dada no final da missa, suprimindo-se a bênção final.

Dia 24 de janeiro São Francisco Sales

Festa de São Francisco Sales

Baluarte da Contra-Reforma e Doutor da Igreja. Uma das maiores figuras da Contra-Reforma católica na França, tido pelos seus contemporâneos — incluído o grande São Vicente de Paulo — como a mais perfeita imagem do Salvador então existente na Terra.
No início de novembro de 1622, São Francisco de Sales,  Bispo-Príncipe de Genebra, acompanhava o Duque da Sabóia na comitiva que ia de Chambéry a Avignon encontrar-se com o Rei Cristianíssimo, que era então o soberano francês Luís XIII. O Prelado aproveitou a ocasião para visitar os mosteiros da Visitação existentes no percurso, como cofundador que era dessa Congregação. Assim, chegou no dia 11 ao de Belley.
Entre as freiras que, pressurosas, correram-lhe ao encontro, encontrava-se uma que ele muito estimava por sua inocência, virtude e simplicidade, e a quem por isso dera o nome de Clara Simpliciana. Esta, iluminada por luzes sobrenaturais, chorava desoladamente: “Oh, excelentíssimo Senhor!” disse-lhe sem subterfúgios, “vós morrereis neste ano! Eu vos suplico que peçais a Nosso Senhor e à Sua Santíssima Mãe que isso não ocorra”.
– “Como, minha filha?!”, respondeu surpreso o Prelado. “Não, não o farei. Não vos alegrais pelo fato de eu ir  descansar? Veja: estou tão cansado, com tanto peso, que já  não posso comigo. Que falta vos farei? Tendes a Constituição e deixar-vos-ei Madre Chantal, que vos bastará . Ademais, não devemos pôr nossas esperanças nos homens, que são mortais, mas só em Deus, que vive eternamente”.
Tais palavras como que resumem a vida e a obra de São Francisco de Sales, cuja festa comemoramos no dia 24 de janeiro. Embora ele contasse então com apenas 55 anos de idade e aparentemente não estivesse doente, entregou sua grande alma a Deus três dias antes que o ano terminasse, conforme predissera Irmã Simpliciana… (1)
A grande provação
Francisco de Sales, primogênito entre os 13 filhos dos Barões de Boisy, nasceu no castelo de Sales, na Sabóia, em 21 de agosto de 1567. Por devoção dos pais ao Poverello de Assis, recebeu seu nome e, chegado ao uso da razão, o menino escolheu-o por patrono e guia.
A virtuosa baronesa dedicou-se ela mesma, com a ajuda de bons preceptores, à educação de sua numerosa prole. Para seu primeiro filho escolheu, por sua piedade e ciência, o Pe. Déage, o qual, até sua morte, foi para Francisco um pai espiritual e guia. Acompanhava-o sempre, mesmo a Paris, onde o jovem barão radicou-se durante seus estudos universitários no Colégio de Clermont, dos jesuítas.
Com um precoce senso de responsabilidade e intuito de fazer sempre tudo que fosse da maior glória de Deus, Francisco estudou retórica, filosofia e teologia com um empenho que lhe permitiu ser depois o grande teólogo, pregador, polemista e diretor de consciências que caracterizaram seu trabalho apostólico.
Francisco, como primogênito, era herdeiro do nome de família e continuador de sua tradição. Por isso, recebeu também lições de esgrima, dança e equitação. Convencia-se porém, cada vez mais, que Deus o chamava inteiramente a Seu serviço. Fez voto de castidade perfeita e colocou-se sob a proteção da Virgem das virgens.
Aos 18 anos, o jovem enfrentou a mais terrível provação de sua vida:  uma tão violenta tentação de desespero, que lhe causava a impressão de ter perdido a graça divina e estar destinado a odiar eternamente a Deus com os réprobos. Tal obsessão diabólica perseguia-o noite e dia, abalando-lhe até a saúde.
Ora, para alguém que, como ele, desde o início do uso da razão não procurava senão amar ardentemente a Deus, tal provação era o que havia de mais terrível.
Seria necessário um ato heróico para dela livrá-lo e ele o praticou: não se revoltava contra Deus, mesmo se Ele lhe fechasse as portas do Céu, e pedia, nesse caso, para amá-Lo ao menos nesta Terra.
“Senhor!” — exclamou certo dia na igreja de Saint Etienne des Grés, no auge de sua angústia –, “fazei com que eu jamais blasfeme contra Vós, mesmo que não esteja predestinado a ver-Vos no Céu. E se eu não hei de amar-Vos no outro mundo, concedei-me pelo menos que, nesta vida, eu Vos ame com todas as minhas forças!”.
Rezando depois humildemente o “Lembrai-Vos”, aos pés de Nossa Senhora, invadiu-lhe a alma uma tão completa paz e confiança, que a provação esvaiu-se como fumaça (2).
Calcando o mundo aos pés
Aos 24 anos, Francisco, com os estudos brilhantemente concluídos e já  doutor em leis, voltou para junto da família. O pai escolhera para ele a jovem herdeira de uma das mais nobres famílias do lugar. Apesar de sua pouca idade, ofereceram ao jovem doutor o cargo de membro do Senado saboiano. Humanamente falando, não se podia desejar mais.
Para espanto do pai, seu primogênito recusou tanto um quanto outro oferecimento. Só à mãe, que sabia de sua entrega a Deus, e a um tio, cônego da catedral de Genebra, explicou Francisco o motivo desse ato tido por insensato.
Faleceu nesse tempo o deão da catedral de Chambéry. O cônego Luís de Sales imediatamente obteve do Papa que nomeasse seu sobrinho para o posto vacante. Com muita dificuldade o Barão de Boisy consentiu enfim que aquele, no qual depositava suas maiores esperanças de triunfo neste mundo, se dedicasse inteiramente ao serviço de Deus. Não podia ele prever que Francisco estava destinado à maior glória que um mortal pode atingir, que é a de ser elevado à honra dos altares; e, por acréscimo, como Doutor da Igreja!…
Zelo anticalvinista
Os cinco primeiros anos após sua ordenação, o Pe. Francisco consagrou-os à evangelização do Chablais, cidade situada na margem sul do lago de Genebra, convertendo, com o risco da própria vida, empedernidos calvinistas. Para isso, divulgava folhetos nos quais refutava suas heresias, contrapondo-lhes as lídimas verdades católicas. O missionário precisou fugir muitas vezes e esconder-se de enfurecidos hereges, e em algumas ocasiões só se salvou por verdadeiro milagre (3).
Assim, reconduziu ao seio da verdadeira Igreja milhares de almas seduzidas pela heresia de Calvino. Ao mesmo tempo dava assistência religiosa aos soldados do castelo de Allinges, os quais, apesar de católicos de nome, eram ignorantes em religião e dissolutos. Seu renome começava já a repercutir como grande confessor e diretor de consciências.
Em 1599, o deão de Chambéry foi nomeado Bispo-coadjutor de Genebra; e, três anos depois, com o falecimento do titular, assumiu a direção dessa diocese.
Apóstolo entre os nobres
Esse fato ampliou muito o âmbito de ação de D. Francisco de Sales. Fundou escolas, ensinou catecismo às crianças e adultos, dirigiu e conduziu à santidade grandes almas da nobreza, que desempenharam papel preponderante na reforma religiosa empreendida na época, como Madame Acarie (depois uma das primeiras religiosas carmelitas na França, morta em odor de santidade), Santa Joana de Chantal, com quem fundou a Visitação.  Inúmeras donzelas da mais alta nobreza abandonaram o mundo, entrando nos mosteiros dessa nova congregação, na qual brilharam pelo esplendor de sua virtude.
Todos queriam ouvir o santo Bispo. Convidado a pregar em toda parte, era sempre rodeado de grande veneração, tornando-se necessário escolta militar para  protegê-lo das manifestações do entusiasmo popular.
A família real da Sabóia não resistia à atração do Bispo-Príncipe de Genebra, convidando-o constantemente para  pregar também na Corte. E não era a mais alta nobreza menos ávida que o povinho de ouvir aquele que já consideravam santo em vida.
Em 1608, ordenou e publicou as notas e conselhos que dera a uma sua prima por afinidade, a Sra. de Chamoisy, num livro que se tornaria imortal: Introdução à vida devota. Essa obra foi ocasião de várias conversões e carreou muitas vocações para os conventos da Visitação.
São Francisco de Sales desenvolveu seu lema no extraordinário livro que escreveu para suas filhas da Visitação, a pedido de Santa Joana de Chantal, o célebre Tratado do Amor de Deus: “a medida de amar a Deus é amá-lo sem medida”.
Glorificado na Terra e no Céu
Os contemporâneos do Bispo-Príncipe de Genebra não tinham dúvidas a respeito de sua santidade. Santa Joana de Chantal, sua dirigida e cooperadora que o conheceu tão intimamente, escreveu: “Oh! meu Deus! Atrever-me-ei a dizê-lo? Sim, di-lo-ei: parece-me que nosso bem-aventurado pai era uma imagem viva do Filho de Deus, porque verdadeiramente a ordem e a economia desta santa alma era toda sobrenatural e divina. Muitas pessoas me disseram que, quando viam este bem-aventurado, parecia-lhes ver a Nosso Senhor na terra” (4).  E São Vicente de Paulo, sempre que saia de algum encontro mantido com São Francisco de Sales, exclamava: “Ah! quão bom deve ser Deus quando o excelentíssimo Bispo de Genebra é tão bondoso! (5)
Em seu leito de morte, o resplendor de seu rosto, que já  era visível em seus últimos anos de vida, aumentava por vezes muito mais, arrebatando de admiração os que o contemplavam.
Assim que faleceu, verdadeira multidão invadiu o convento das Visitandinas, em Lyon, na França,  para oscular-lhe os pés, tocar-lhe tecidos em seu corpo, encostar-lhe rosários. Ao abrirem seu corpo, os médicos constataram que o fígado do Santo se petrificara com o esforço que fizera sempre para dominar seu temperamento sangüíneo, e conservar constantemente aquela suavidade e doçura, aparentemente tão naturais nele, que conquistavam os corações mais empedernidos.
O culto ao santo começou no próprio momento de sua morte. E foi sempre recompensado, algumas vezes com estupendos milagres.
Durante a peste em Lyon, as irmãs visitandinas não bastavam para distribuir ao povo pedaços de tecido tocados no corpo do santo. Em Orleans, a Madre de la Roche mergulhava uma relíquia do venerado Prelado em água, a qual era distribuida à multidão enquanto durou a peste: um tonel por dia em média. Em Crest e em Cremieux, os representantes da cidade foram à igreja da Visitação fazer, em nome da cidade, voto solene de ir em peregrinação ao sepulcro do Bispo, caso cessasse a peste. E todos foram ouvidos.
Foi Santa Joana de Chantal quem iniciou as gestões para o processo de canonização de seu pai espiritual. Recolheu seus escritos privados, cartas, mesmo rascunhos não terminados, e trabalhou com afinco nesse sentido. Escreveu a autoridades civis e eclesiásticas e mesmo a Roma, pedindo que urgissem o início do processo de beatificação.
Mas a alegria de vê-lo elevado à honra dos altares ela só a teria no Céu, pois a celeridade dos processos humanos ficavam muito aquém dos desejos de seu ardente coração.
São Francisco de Sales faleceu em 28 de dezembro de 1622, tendo sido canonizado em 19 de abril de 1665.
O Papa Pio IX declarou-o Doutor da Igreja em 7 de julho de 1877. E Pio XI, na encíclica Rerum omnium,  de 1923, atribuiu-lhe o glorioso título de Patrono dos jornalistas e escritores católicos.

Novena a Santa Agueda


Santa Águeda, virgem e mártir. Nasceu em Catânia, na Sicília, pertencente a uma nobre e rica família que lhe proporcionou, acima de tudo, a riqueza da fé, tanto assim que cedo consagrou sua virgindade a Cristo, seu Amado Esposo.

No seu tempo, aconteceu a terrível perseguição dos cristãos por parte o imperador Décio. Santa Águeda, que era uma jovem bela e inteligente, acabou sem querer, conquistando o coração de um jovem, que recebeu o “não” da santa quanto ao matrimônio. Por isso, revoltado, denunciou Águeda como cristã.

Diante do juiz ela respondeu quanto à sua origem: "Embora de família nobre e rica, tenho a honra e a alegria de ser serva de Cristo Jesus, meu Senhor e Deus".

Foi condenada a torturas e humilhações, dentre elas a de ser entregue a uma velha pervertida e prostituta. Santa Águeda, cheia do Espírito Santo, ficou fiel ao Senhor, até que perguntaram novamente: "O que você decidiu sobre a tua salvação?". Sua resposta foi exata: "A minha salvação é Cristo!". Sendo assim proporcionaram lentos sofrimentos até o martírio em 254, que a levou para os braços do seu Esposo Amado: Jesus.

Oração
Concedei-nos, Senhor, o amor constante ao Vosso Santo Nome e a graça da perseverança nas coisas do alto durante toda a nossa vida. E pela intercessão de Santa Águeda, dai-nos, Senhor Onipotente, a graça que humildemente vos pedimos (citar a graça).

Por Cristo Senhor Nosso, amém.

Santa Águeda, rogai por nós.

Novena em honra de São Braz



Oração preparatória para todos os dias
Ato de amor a Deus
Creio fiel e verdadeiramente no mistério da Santíssima Trindade, Pai, filho e Espírito Santo, três pessoas distintas e um só Deus verdadeiro, em quem confio firmissimamente conseguir a perfeição da dor que tenho de ter ofendido a sua majestade Santíssima, intercedendo aos méritos de meu Senhor Jesus Cristo, os de sua Santíssima Mãe e os de meu glorioso advogado São Brás;
Suplicando ao Senhor que conserve em mim sempre esta fé viva, me dê o perdão de minhas culpas, o remédio de minhas necessidades, e o que peço nesta Novena, sendo para honra sua e bem de minha alma;
Se não, viva resignado em sua santa vontade, como coisa que mais me convém. Amém.
Meditar a continuação a reflexão do dia que corresponda:
Oração final para todos os dias
Dignai-vos, Senhor meu, Pai das misericórdias, e Deus de toda esperança, dignai-vos ouvir a humilde petição de vosso servo Brás, e restitui a este... (adulto, menino ou animal) a saúde e, para que conheça todo o mundo que somente Vós sois o Senhor da morte e a vida, pois Vos sois o soberano de todos, misericordiosamente liberal para com todos quantos invocam vosso Santo nome;
Humildemente vos suplico que todos os que em adiante recorrerem ao Santo para conseguir de Vos, por sua intercessão, a cura de semelhantes doenças, experimentem o efeito de sua confiança, e sejam benignamente ouvidos, e favoravelmente atendidos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, filho vosso, que sendo Deus vive e reina com Vos em unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Pede-se aqui com fé e confiança ao glorioso São Brás o favor particular que deseja alcançar.
Oração
Santíssimo Pontífice de Deus São Brás, protetor sagrado dos que vos invocam, dado por Deus para que em nossas aflições e quebrantos nos valhamos de vosso poderoso patrocínio.
Eu vos suplico e rogo me alcanceis da piedade e divina, o remédio em minha necessidade, favor que vos peço nesta Novena, e que seja exaltada sua santíssima fé, que dê saúde ao Sumo Pontífice, paz aos Príncipes cristãos, refrigério as Almas do Purgatório, remissão aos que estão em pecado mortal, perseverança na fé, e nos conserve em sua graça, para que possa fazer vos companhia, cantando as divinas adorações pelos séculos dos séculos. Amém.

Primeiro Dia

Altíssimo e misericordioso Deus que estimaste tanto a humildade, que quiseste que vosso Filho Jesus Cristo viesse ao mundo desconhecido, e vivesse depreciado de seu mesmo povo:
Eu te ofereço os méritos de tua humildade e desapreço, de teu invicto mártir São Brás, que se retirando oculto, viveu apartado dos olhos do mundo, conhecido somente das feras;
E te suplico me apartes de todos os perigos que no mundo me ameaçam, e das delícias aparentes que me oferecem para que te sirva com maior perfeição, querendo somente as delícias da glória e me concedas o que te peço nesta Novena para glória e honra vossa. Amém.
Rezar três Pai-Nossos e Ave-Maria em reverência a Santíssima Trindade.
Terminar com a oração final para todos os dias.

Segundo Dia

Oh! Pai de misericórdias e Deus de todo esperança, que o comunicas as almas que te buscam na solidão e retiro, e nos ensinaste com o exemplo de teu filho Jesus Cristo, que se retirava a orar na solidão e no deserto:
Eu te ofereço os méritos de sua elevada Oração, e os de teu esclarecido mártir São Brás, que no retiro da cova se ocupava dia e noite na contemplação das coisas divinas, e em pedir a paz de tua Igreja:
E te suplico me dês um total desapego deste mundo, para que livre e sem ruído possa no retiro de meu coração adora a Deus, e aproveitar de tua santa conversação;
E me concedas o que te peço nesta Novena, para glória e honra vossa. Amém.
Rezar três Pai-Nossos e Ave-Maria em reverência a Santíssima Trindade.
Terminar com a oração final para todos os dias.

Terceiro Dia

Senhor Deus forte e poderoso, que ostentas o poderoso infinito de tua fortaleza;
Eu te ofereço os méritos de teu valoroso mártir São Brás, e a fortaleza e constancia com que se ofereceu aos ministros do tirano que o buscavam, a imitação de teu filho Jesus Cristo, que no horto saiu ao encontro e se ofereceu aos judeus que vinham a prender-Lo:
Eu te suplico me dês uma firme constancia para imitar seus passos, e uma constante fortaleza para fazer face aos perigos que possa ter no mundo para guardar Vos santamente e me concedas o que vos peço nesta Novena para glória e honra vossa. Amém.
Rezar três Pai-Nossos e Ave-Maria em reverência a Santíssima Trindade.
Terminar com a oração final para todos os dias.

Quarto Dia

Único Senhor da criação, Deus zeloso das almas, eu te ofereço os méritos de teu filho Jesus Cristo, que levado do seio de tua casa, veneração e culto de teu nome, enfrentou os sacrílegos que profanavam Vosso templo, e a sua imitação vosso esforçado mártir São Brás desprezou os ídolos do tirano, confessando a Vós Deus único e verdadeiro:
E te suplico pelos méritos de teu valente mártir, me dês a graça para confessar Vosso Santo Nome, e saúde na garganta para bendizer e cantar tuas adorações, e me concedas o que te peço nesta Novena para honra e glória vossa. Amém.
Rezar três Pai-Nossos e Ave-Maria em reverência a Santíssima Trindade.
Terminar com a oração final para todos os dias.

Quinto Dia

Pacientíssimo Deus e Senhor meu, que Por tua infinita caridade enviaste a vosso Unigênito filho a redimir ao mundo a custa de tormentos, açoites e afrontas em um cruz:
Eu te ofereço o Sangue que derramou em toda sua Paixão, e os tormentos e açoites que padeceu vosso escolhido mártir São Brás, quando colocado em um cruz riam e maltratavam seu corpo, gloriando-se de padecer pela confissão da fé:
Eu te suplico me dês paciência em meus tormentos, para que meus quebrantos sejam meritórios e aceitos em vosso amor, até chegar a pátria do descanso, e me concedas o que te peço nesta Novena para, glória e honra vossa. Amém.
Rezar três Pai-Nossos e Ave-Maria em reverência a Santíssima Trindade.
Terminar com a oração final para todos os dias.

Sexto Dia

Liberalíssimo Senhor e Deus de toda a criação, que com altíssima providencia repartes os tesouros que encerras em tuas mãos :
Eu te ofereço os méritos de teu agradecido mártir São Brás, que preso no cárcere aceitou a ajuda da pobre viúva, oferecendo favorecer aos que celebrassem vossa memória, a exemplo de teu filho Jesus Cristo, que agradecido ao obsequio das irmãs de Lázaro, encheu a casa de bênçãos, confortando-as em sua aflição :
Eu te suplico seja eu agradecido a teus favores, para que me empenhando em fazer bem aos pobres e necessitados receba de tua mão os tesouros do céu, e o que te peço nesta Novena para glória e honra vossa. Amém.
Rezar três Pai-Nossos e Ave-Maria em reverência a Santíssima Trindade.
Terminar com a oração final para todos os dias.

Sétimo Dia

Onipotente Senhor do céu e terra, que para mostrar o domínio que tem s sobre os elementos, mandaste a vosso Apóstolo São Pedro vir a Vós seguro sobre as água:
Eu te ofereço os méritos de teu glorioso mártir São Brás, que armado com a sinal da cruz, andava sobre as água como por terra firme, manifestando vossa virtude e poder:
Eu te suplico, que de tal sorte me adorne com esta sagrada insígnia, que me livre dos afogos que me oferece o mar tempestuoso deste mundo, e respire em ti, descanso único em nossa peregrinação, e me concedas o que te peço nesta Novena para a glória e honra vossa. Amém.
Rezar três Pai-Nossos e Ave-Maria em reverência a Santíssima Trindade.
Terminar com a oração final para todos os dias.

Oitavo Dia

Misericordiosíssimo Deus e Senhor meu, que no Nome de Jesus, Vosso Filho, nos deixaste universal medicina para todas nossas doenças, oferecendo a seus Apóstolos que com a invocação deste dulcíssimo nome, curariam todas as enfermidades:
Eu te ofereço os méritos de teu esforçado mártir São Brás, a quem concedeste estando próximo a morte o pedido que te fez de favorecer a todos os que em suas enfermidades e afogos invocassem vosso nome:
Eu te suplico me concedas que traga sempre meus lábios com a invocação destes Nomes, para que menosprezando amarguras do mundo, consiga a saúde do alma e corpo, e o que te peço nesta Novena para glória e honra vossa. Amém.
Rezar três Pai-Nossos e Ave-Maria em reverência a Santíssima Trindade.
Terminar com a oração final para todos os dias.

Nono Dia

Senhor Deus das bem-aventuranças, que com a morte de vosso Unigênito filho Vos diste por satisfeito dos agravos e injurias da linhagem humana:
Eu te ofereço os méritos de sua morte e os de teu esclarecido mártir São Brás, que pela confissão de teu nome ofereceu sua vida em holocausto:
Eu te suplico me assistas com Vossa graça, para que cortando a cabeça a meus vícios e paixões, possa oferecer-me como sacrifício em odor de suavidade no altar da glória, e me concedas o que te peço nesta Novena para glória e honra vossa. Amém.
Rezar três Pai-Nossos e Ave-Maria em reverência a Santíssima Trindade.
Terminar com a oração final para todos os dias.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


Viveu em Roma, onde foi martirizada em 317. Nobre, descendia da poderosa família Cláudia e desde pequena foi educada pelos pais na fé cristã. Cresceu virtuosa e decidiu consagrar sua pureza a Deus, resistindo às investidas dos jovens mais ricos da nobreza romana, desejosos de seu amor.
Tinha 13 anos quando foi cobiçada, por sua extraordinária beleza, riqueza e virtude, pelo jovem Fúlvio, filho do Prefeito de Roma, Semprônio. Como o rejeitou, Inês foi levada a julgamento e obrigada a manter o fogo sagrado aceso de um templo dedicado à Vesta, deusa romana do lar e do fogo, o que recusou-se a fazer, dizendo: "Se recusei seu filho, que é um homem vivo, como pode pensar que eu aceite prestar honras a uma estátua que nada significa para mim? Meu esposo não é desta terra" (Jesus Cristo). "Sou jovem, é verdade, mas a fé não se mede pelos anos e sim pelos sentimentos. Deus mede a alma, não a idade. Quanto aos deuses, podem até ficar furiosos, que eu não os temo. Meu Deus é amor." Por isso foi condenada a ser exposta nua num prostíbulo no Circo Agnolo (hoje praça Navona, onde se ergue a Basílica de Santa Inês in Agone). Diz a história que, introduzida no local da desonra, uma luz celestial a protegeu e ninguém ousou aproximar-se dela. Seus cabelos cresceram maravilhosamente cobrindo seu corpo. Ao ser defendida por um anjo guardião, um dos seus lascivos pretendentes caiu morto, mas a santa, apiedada, orou a Deus e o ressuscitou. Temeroso, o Prefeito Simprônio passou o caso ao seu cruel substituto, Aspásio. Após novo interrogatório, a menina foi condenada a morrer queimada. As chamas também não a tocaram, voltando-se contra seus algozes e matando muitos deles. Foi por fim decapitada, a mando do vice-prefeito de Roma, Aspásio.
Seus pais sepultaram seu corpo num terreno próximo da Via Nomentana, onde a princesa Constantina, filha do imperador Constantino mandou erguer a majestosa basílica de Santa Inês Fora dos Muros, palco de grandes milagres por intermédio da santa virgem.
A história conta que oito dias depois da morte, apareceu em grande glória aos pais que rezavam em seu túmulo, segurando um cordeirinho branco e cercada de muitas virgens e anjos e anunciou-lhes sua grande felicidade no céu.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Santo Antão dia 17 de janeiro

Dia de Santo Antão

A estória de Santo Antão do Deserto

O fundador do monaquismo cristão nasceu em 251, na Tebaida, no Alto Egipto, e faleceu em 356, com 105 anos de idade. Os que adoptaram o seu modo de vida chamam-se eremitas ou anacoretas.

Seus pais eram cristãos abastados da nobreza. Quando menino viveu com os pais, conhecendo apenas a família e a casa; não quis ir à escola, desejando evitar a companhia dos outros meninos; seu único desejo era levar uma simples vida no lar.

Depois da morte dos pais ficou sozinho com a irmã, muito mais nova. Tinha então uns 18 a 20, e cuidou da casa e da irmã. Menos de 6 meses depois da morte dos pais, ia, como de costume, a caminho da igreja. Enquanto caminhava, ia meditando e refletia como os apóstolos deixaram tudo, e seguiram o Salvador; como os fiéis vendiam o que tinham e o punham aos pés dos Apóstolos para distribuição entre os necessitados.

Pensando estas coisas, entrou na igreja. Aconteceu que nesse momento se estava lendo o evangelho, e ouviu a passagem em que o Senhor disse ao jovem rico:

"Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres, depois vem, segue-me e terás um tesouro no céu".

Como se Deus lhe houvera proposto a lembrança dos santos, e como se a leitura houvesse sido dirigida especialmente a ele, Antão saiu imediatamente da igreja e deu a propriedade que tinha de seus antepassados: trezentas "aruras", terra muito fértil e formosa. Não quis que nem ele nem sua irmã tivessem algo que ver com ela. Vendeu tudo o mais, os bens móveis que possuía, e entregou aos pobres a considerável soma recebida, deixando só um pouco para a irmã.

De novo, porém, entrando na igreja, ouviu aquela palavra do Senhor no evangelho:

"Não se preocupem com o amanhã".

Não pôde suportar maior espera, mas foi e distribuiu aos pobres também este pouco. Colocou a irmã entre virgens conhecidas e de confiança, entregando-a para que a educassem. Então ele dedicou todo seu tempo à vida ascética.

Domingo do Batismo do Senhor

Nos evangelhos, os relatos do batismo de Jesus são sempre precedidos por informações sobre João Batista e seu ministério[12][13][14]. Neles, João pregava pela contrição e pelo arrependimento para remissão dos pecados e encorajava as esmolas para os pobres (como em Lucas 3:11) conforme ele ia batizando as pessoas na região do Rio Jordão, próximo da Pereia, por volta do início do período conhecido como ministério de Jesus. O Evangelho de João (João 1:28) especifica "Betânia, além do Jordão", ou seja Bethabara, na Pereia, quando ele se refere pela primeira vez a ele e, depois, João 3:23 se refere a mais batismos num lugar chamado "Enom, perto de Salim" "porque havia ali muitas águas"[15][16].
Os quatro evangelhos não são as únicas referências ao ministério de João na região do Jordão. Em Atos 10:37-38, Pedro se refere a como o ministério de Jesus se iniciou "depois do batismo que pregou João"[17]. Nas Antiguidades Judaicas (18.5.2[18]), o historiador judeu do século I Flávio Josefo também escreveu sobre João Batista e sua morte na Pereia[19][20].
Nos evangelhos, João já vinha profetizando (como em Lucas 3:16) a vinda de alguém "mais poderoso do que eu"[1][21]. Paulo também se refere a esta antecipação por João em Atos 19:4[22]. Em Mateus 3:14, ao se encontrar com Jesus, João diz: "Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?". Porém, Jesus o convence a batizá-lo mesmo assim[23]. Na cena batismal, após Jesus emergir da água, o céu se abre e uma "voz divina" diz: "Tu és o meu Filho dileto, em ti me agrado.". O Espírito Santo então descende sobre Jesus na forma de uma pomba em Mateus 3:13-17, Marcos 1:9 e Lucas 3:21-23[1][21][23]. Em João 1:29-33, ao invés de uma narrativa direta, encontramos João Batista testemunhando o evento[1][2].
Este é um dos casos nos evangelhos onde uma voz divina chama Jesus de "Filho", sendo a outra durante a transfiguração de Jesus[24][25].
Após o batismo, os evangelhos sinóticos seguem descrevendo a tentação de Jesus, mas João 1:35 narra o primeiro encontro entre Jesus e dois de seus futuros discípulos, que eram na época discípulos de João Batista[26][27]. Nesta narrativa, no dia seguinte, João Batista vê Jesus novamente e o chama de Cordeiro de Deus e "Os dois discípulos, ouvindo dizer isto, seguiram a Jesus"[17][28][29]. Um deles é chamado de André, mas o nome do outro não é revelado. Raymond E. Brown levanta a hipótese de que o outro poderia ser o autor do Evangelho de João, João Evangelista[2][30]. Seguindo na narrativa, os dois agora passaram a ser discípulos de Jesus daí em diante e trazem outros para o grupo. Eventualmente, em Atos 18:24 até Atos 19:6, estes discípulos terminam por se misturar ao corpo maior de seguidores de Jesus[2][26].

HOMILIA DE BENTO XVI PARA ESTE DOMINGO DO BATISMO DO SENHOR

Queridos irmãos e irmãs,

A alegria surgida na celebração do Santo Natal encontra hoje cumprimento na festa do Batismo do Senhor. A esta alegria vem acrescentado um outro motivo para nós que estamos aqui reunidos: no sacramento do Batismo que daqui a pouco administrarei a estes bebês se manifesta de fato a presença viva e operante do Espírito Santo que, enriquecendo a Igreja com novos filhos, a vivifica e a faz crescer, e com isso não podemos não nos alegrar. Desejo dirigir uma especial saudação a vós, queridos pais, padrinhos e madrinhas, que hoje testemunham a vossa fé solicitando o Batismo para estas crianças, para que sejam geradas à vida nova em Cristo e comecem a fazer parte da comunidade dos crentes.

A história evangélica do batismo de Jesus, que hoje ouvimos segundo a narração de São Lucas, mostra o caminho de redução e humildade que o Filho de Deus escolheu livremente para aderir ao desígnio do Pai, para ser obediente à sua vontade de amor para o homem em tudo, até o sacrifício na cruz. Tornado então homem, Jesus inicia o seu ministério público indo para o rio Jordão para receber de João um batismo de arrependimento e de conversão. Acontece aquilo que aos nossos olhos poderia parecer paradoxal. Jesus precisou de arrependimento e conversão? Certamente não. No entanto, propriamente Aquele que é sem pecado coloca-se entre os pecadores para fazer-se batizar, para cumprir este gesto de penitência; o Santo de Deus se une a quantos se reconhecem necessitados de perdão e pedem a Deus o dom da conversão, isso é, a graça de voltar-se a Ele com todo o coração, para ser totalmente seu. Jesus quer colocar-se do lado dos pecadores, fazendo-se solidário com esses, exprimindo a proximidade de Deus. Jesus se mostra solidário conosco, com o nosso esforço de nos convertermos, de deixar os nossos egoísmos, de separar-nos dos nossos pecados, para dizer-nos que se O aceitamos na nossa vida, Ele é capaz de levantar-nos e nos conduzir a Deus Pai. E esta solidariedade de Jesus não é, por assim dizer, um simples exercício da mente e da vontade. Jesus imergiu-se realmente na nossa condição humana, a viveu até o fim, exceto no pecado, e é capaz de entender a fraqueza e a fragilidade. Por isto Ele se move pela compaixão, escolhe “sofrer com os homens”, fazer-se penitente junto a nós. Esta é a obra de Deus que Jesus quer cumprir: a missão divina de curar quem está ferido e remediar quem está doente, tomar sobre si o pecado do mundo.

O que acontece no momento em que Jesus se deixa batizar por João? Diante deste ato de amor humilde da parte do Filho de Deus, se abrem os céus e se manifesta visivelmente o Espírito Santo sobre forma de pomba, enquanto uma voz do alto exprime a complacência do Pai, que reconhece o Filho unigênito, o Amado. Trata-se de uma verdadeira manifestação da Santíssima Trindade, que dá testemunho da divindade de Jesus, do seu ser o Messias prometido, Aquele que Deus mandou para libertar o seu povo, para que seja salvo (cfr Is 40,2). Realiza-se assim a profecia de Isaías que ouvimos na Primeira Leitura: o Senhor Deus vem com poder para destruir as obras do pecado e o seu braço exerce o domínio para desarmar o Maligno; mas tenhamos em mente que este braço estendido na cruz e que o poder de Cristo é o poder Daquele que sofre por nós: este é o poder de Deus, diferente do poder do mundo; assim vem Deus com poder para destruir o pecado. Realmente Jesus age como o bom Pastor que apascenta o rebanho e o reúne, para que não seja disperso (cfr Is 40,10-11), e oferece a sua própria vida para que tenha vida. É pela sua morte redentora que o homem é libertado do domínio do pecado e é reconciliado com o Pai; é pela sua ressurreição que o homem é salvo da morte eterna e é feito vitorioso sobre o mal.
Queridos irmãos e irmãs, o que acontece no Batismo que daqui a pouco administrarei às vossas crianças? Acontece propriamente isto: serão unidos de modo profundo e para sempre com Jesus, imersos no mistério deste seu poder, isto é, no mistério da sua morte, que é fonte de vida, para participar da sua ressurreição, para renascer a uma vida nova. Então o prodígio que hoje se repete também para as vossas crianças: recebendo o Batismo, esses renascem como filhos de Deus, participantes da relação filial que Jesus tem com o Pai, capaz de dirigir-se a Deus chamando-O com plena segurança e confiança: “Abbá, Pai”. Também sobre as vossas crianças o céu está aberto, e Deus diz: estes são os meus filhos, filhos da minha complacência. Inseridos nesta relação e libertados do pecado original, esses se tornam membros vivos do único corpo que é a Igreja e são capazes de viver em plenitude a sua vocação à santidade, de forma que possa herdar a vida eterna, obtida a partir da ressurreição de Jesus

Queridos pais, no solicitar o Batismo para os vossos filhos, vós manifestais e testemunhais a vossa fé, a alegria de ser cristãos e de pertencer à Igreja. É a alegria que vem da consciência de ter recebido um grande presente de Deus, a fé precisamente, um presente que nenhum de nós pôde merecer, mas que nos foi dado gratuitamente e ao qual respondemos com o nosso “sim”. É a alegria de reconhecer-nos filhos de Deus, de descobrir-nos confiados às suas mãos, de sentir-nos acolhidos em um abraço de amor, do mesmo modo que uma mãe apoia e abraça o seu filho. Esta alegria, que orienta o caminho de cada cristão, é baseada em um relacionamento pessoal com Jesus, um relacionamento que orienta toda a existência humana. É Ele de fato o sentido da nossa vida, Aquele sobre o qual vale a pena ter fixo o olhar, para ser iluminados pela sua Verdade e poder viver em plenitude. O caminho de fé que hoje começa para estas crianças se baseia por isso em uma certeza, sobre a experiência de que não há nada maior que conhecer Cristo e comunicar aos outros a amizade com Ele; somente nesta amizade revela-se verdadeiramente o grande potencial da condição humana e podemos experimentar isso que é belo e que liberta (crf Homilia na Santa Missa pelo início do pontificado, 24 de abril de 2005). Quem fez esta experiência não está disposto a renunciar à própria fé por nada neste mundo.

A vós, queridos padrinhos e madrinhas, a importante tarefa de apoiar e ajudar o trabalho educativo dos pais, estando ao lado deles na transmissão da verdade da fé e no testemunho dos valores do Evangelho, no fazer crescer estas crianças em uma amizade sempre mais profunda com o Senhor. Saibam sempre oferecer a elas o vosso bom exemplo, através do exercício das virtudes cristãs. Não é fácil manifestar abertamente e sem compromissos isso em que se crê, especialmente no contexto em que vivemos, diante de uma sociedade que considera sempre fora de moda e fora de tempo aqueles que vivem da fé em Jesus. Na esteira dessa mentalidade, pode estar também entre os cristãos o risco de entender o relacionamento com Jesus como limitante, como algo que mortifica a própria realização pessoal; “Deus é visto como o limite da nossa liberdade, um limite a eliminar a fim de que o homem possa ser totalmente ele mesmo” (A infância de Jesus, 101). Mas não é assim! Esta visão mostra não ter entendido nada do relacionamento com Deus, porque propriamente mão a mão que se procede no caminho da fé, se compreende como Jesus exerce sobre nós a ação libertante do amor de Deus, que nos faz sair do nosso egoísmo, de ser transformados em nós mesmos, para nos conduzir a uma vida plena, em comunhão com Deus e aberta aos outros. “ “Deus é amor; quem permanece no amor permanece em Deus e Deus permanece nele” (1 Jo 4, 16). Estas palavras da Primeira Carta de João exprimem com singular clareza o centro da fé cristã: a imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do homem e do seu caminho” (Enc. Deus caritas est, 1).

A água com a qual estas crianças serão marcadas em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo as imergirá naquela “fonte” de vida que é o próprio Deus e que as tornará seus verdadeiros filhos. E a semente das virtudes teologais, infundida por Deus, a fé, a esperança e a caridade, sementes que hoje são colocadas no coração delas pelo poder do Espírito Santo, deverão ser alimentadas sempre pela Palavra de Deus e pelos Sacramentos, de forma que estas virtudes do cristão possam crescer e atingir a plena maturidade, para fazer de cada uma delas um verdadeiro testemunho do Senhor. Enquanto invocamos sobre estes pequenos o derramamento do Espírito Santo, os confiamos à proteção da Virgem Santa; ela os proteja sempre com a sua materna presença e os acompanhe em cada momento das suas vidas. Amém.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

São Sebastião da Capela




São Sebastião


Novena em honra a São Sebastião






São Sebastião, rogai por nós.
São Sebastião, rogai por nós.
São Sebastião, rogai por nós.
Ó glorioso mártir São Sebastião, Vós que derramastes Vosso sangue e destes a Vossa vida em testemunho da fé, em Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ó glorioso mártir São Sebastião, alcançai deste mesmo Senhor, a graça de sermos vencedores dos nossos verdadeiros inimigos, o ter, o poder e o prazer.
Ó glorioso mártir São Sebastião, protegei com a Vossa intercessão, livrai-nos de todo o mal, de toda a epidemia corporal, moral e espiritual. Fazei que se convertam para Jesus aqueles que se perderam na fé, ajudai que o justo persevere até o fim na fé.
Ó Deus eterno, que pela intercessão de São Sebastião Vosso glorioso mártir, encorajastes os cristãos encarcerados e livrastes cidades inteiras do contágio da peste, atendei hoje nossas súplicas que confiantes Vos apresentamos.
Socorrei-nos em nossas necessidades, alivie-nos nas nossas angústias, livre-nos das enchentes, proteja os agricultores, guarde as lavouras.
Pedimos também, ó glorioso São Sebastião, curai os doentes e livrai-nos do contágio.
São Sebastião, jovem discípulo de Jesus, rogai por Nós!
São Sebastião, jovem discípulo de Jesus, rogai por Nós!
São Sebastião, jovem discípulo de Jesus, rogai por Nós!
Amém.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Festa de São Sebastião 2013

Festa em honra ao grande martir São Sebastião




S. Sebastião foi um dos muitos soldados romanos que por sua fé em Jesus foi martirizado. É uma pena que só se pode saber de sua história através das atas de seu martírio que foram escritas dois séculos mais tarde. Em quase todas as atas de martírios de santos e santas, os escribas tinham ordens de colocarem muitos detalhes do martírio e dar pouca ênfase ao martirizado.(isto era para assustar os futuros cristãos visto que as atas eram colocadas na cidade onde ocorria o martírio, e na biblioteca de Roma).
Um soldado do exército, nosso santo nasceu em Narbona, França, no final do seculo III e desde muito pequeno seus pais mudadaram para a Milao onde cresceu e foi educado. Seu pai era millitar e nobre e ele quiz seguir a carreira do pai, chegando a ser capitão da primeira corte de guarda pretoriana, um cargo que só se dava a pessoas ilustres e corretas. Sua dedicação a sua carreira valeu elogios de seus companheiros e principalmente do imperador Maximiano. Cumpre recordar que o império romano na época era governado no, oriente por Diocleciano e no ocidente por Maximiano. Maximiano ignorava que Sebastião era um cristão de coração e ainda que mesmo cumprindo as suas tarefas militares, não tomava parte nos sacrifícios nem nos atos de idolatria. Sempre que podia, visitava os cristãos encarcerados e ajudava aos mais fracos, doentes e necessitados.
Podia se dizer que era um soldado dos dois exércitos: o de Cristo e o de Roma.
Maximiano empreendeu uma depuração de elementos cristãos nas forças armadas expulsando todos os cristãos de seus exércitos. Cabe dizer que o soldado do exercito romano era voluntário. Só era obrigatório servir, os filhos de militares, como era o caso do nosso Sebastião. Quando um soldado o denunciou. Maximiano sentiu-se traído por Sebastião e rapidamente o chamou e exigiu que renunciasse ao cristianismo.
Ante tal situação, Sebastião comunicou ao imperador que não queria renunciar as suas crenças cristãs e o imperador ordenou a sua morte. Mas Maximiano ordenou a sua morte de maneira a mais desumana. Ordenou que seus melhores arqueiros o flechassem! Os arqueiros o desnudaram, levaram-no ao estádio de Palatino, o ataram a um poste e lançaram nele uma chuva de flechas e o abandonaram para sangrar até a morte.

Irene, uma mulher cristã, providencial, que apreciava os conselhos de Sebastião, junto com um grupo de amigos, foram ao local onde estava o santo, e com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo.
O desamarraram e Irene o escondeu em sua própria casa e curou as suas feridas. Passado um tempo, nosso querido santo, já curado, quiz continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo a Maximiano, o qual ficou assombrado. Maximiano não deu ouvidos os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir aos cristãos e ordenou a seus soldados que o açoitassem até a morte.
Outra versão conta que ele  foi morto a pauladas e boladas de chumbo em 303DC e o Imperador ordenou que ele fosse jogado em um fossa de modo que os cristãos não o encontrassem.
Mas mais tarde Sebastião apareceu para uma cristã chamada Lucina e disse a ela :" em certo poço você me encontrará pendurado por um gancho e você deve me enterrar nas  catacumbas dos apóstolos".
Na mesma noite ela e seus servos fizeram o que Sebastião ordenou.
Alguns autores dizem que Lucina o enterrou no jardim de sua casa que ficava situado na Via Apia onde está hoje sua Basílica.
Ele foi martirizado no ano de 287 DC.

Mais tarde a Igreja  construiu na parte posterior da catacumba um templo em honra do santo: A Basílica de São Sebastião que lá existe até hoje e recebe grande romaria dos seus devotos. Existe ainda uma capela em Palatino em homenagem a São Sebastião.Em baixo uma foto de uma pintura (Museu de Pushkin) mostrando Irene curando as feridas de São Sebastião.
A Irene que cuidou de São Sebastião, é a Santa Irene cuja festa é celebrada no dia 30 de março.
Sua festa é celebrada no dia 20 de janeiro.

Epifania de Nosso Senhor Jesus Cristo



O tempo de Natal é uma caminhada à procura de Jesus. Com a festa da Epifania, que hoje celebramos, concluimos esse tempo, recordando a procura e o encontro de Jesus pelos Magos, que representam todos os povos e nações. (A palavra Epifania significa manifestação de Deus aos homens.)
A Liturgia deste Domingo leva-nos à manifestação de Jesus. Ele é uma "Luz", que se acende na noite do mundo e ilumina os caminhos dos homens, conduzindo-os ao encontro da Salvação.
A primeira leitura anuncia a chegada da Luz salvadora do Senhor, que transfigurará Jerusalém e atrairá a ela povos de todo o mundo. Esta Jerusalém nova representa a Igreja, comunidade dos que aderiram a Jesus e acolheram a Luz salvadora que ele veio trazer.
A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus, como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos, numa mesma comunidade de irmãos, a comunidade de Jesus.
No Evangelho vemos a concretização da promessa da primeira leitura. Guiados pela luz da Estrela, procuram com esperança o Messias e reconhecem n'Ele a "Salvação de Deus" e aceitam-no como "Senhor"

 
Esta narrativa não é uma reportagem jornalística, mas uma catequese sobre Jesus e a sua Missão. A Estrela não é um astro no céu, mas a pessoa de Jesus. Ele é a "Luz" anunciada pelos profetas. Os Magos representam os povos estrangeiros que vão ao encontro de Jesus e se deixam guiar pela sua mensagem de paz e de amor. São imagem da Igreja, formada de todos os povos que aderem a Jesus e O reconhecem como o seu "Senhor".
A intenção de S. Mateus era apresentar Jesus como o novo Moisés, o ungido de Deus, recusado pelos judeus e aceite pelos pagãos, que formarão o novo Israel, o novo povo de Deus: a Igreja.
Atitudes diante desta estrela: adoração, indiferença e rejeição.
– Adoração: os Magos viram a "estrela", deixaram tudo e puseram-se a caminho para descobrir Jesus e adorá-l'O: "Vimos e viemos". Os Magos representam todos os povos não judeus, agora associados à História da Salvação.
– Indiferença: os Sacerdotes conheciam-n'O bem nas Escrituras. Sabiam até o lugar onde Ele deveria nascer, mas não perceberam o sinal da sua chegada, nem se preocuparam de ir ao seu encontro. Estavam muito seguros da sua sabedoria, por isso não acolheram a alegria de encontrar e adorar o Salvador.
– Rejeição: Herodes tentou até apagar essa Luz. Ele simboliza os grandes deste mundo que temem a Sua chegada. Poderia roubar-lhe o trono.
Todos viram a mesma realidade: um menino recém-nascido, mas as opções foram e são diferentes.
Com quem nos assemelhamos? Com os Magos, atentos aos sinais, capazes de ler os acontecimentos de nossa vida e a história do mundo à luz de Deus? Com os Sacerdotes, orgulhosos do seu saber, mas acomodados? Com Herodes, que procura matar o menino?
Há um caminho a seguir n procura de Deus.
O itinerário seguido pelos magos reflecte o processo que os pagãos percorreram para encontrar Jesus: Estão atentos aos sinais (a estrela); percebem que Jesus traz a Salvação; põem-se a caminho para O encontrar perguntam aos judeus, que conhecem as Sagradas Escrituras, o que fazer; encontram Jesus e o adoram-n'O; oferecem-Lhe "os seus tesouros" e "voltam por outro caminho".
Neste relato, descobrimos as etapas do nosso caminho à procura de Jesus: a sensibilidade em distinguir os sinais de Deus e a generosidade em aceitar o convite.
"Os magos viram a estrela e vieram adorá-l'O". Natal732Eles não perderam a esperança na incompreensão dos contemporâneos, nem diante das dificuldades da longa caminhada, da ignorância e maldade de Herodes, ou do ambiente rústico em que encontraram o Menino, o Rei dos judeus.
Se olharmos o mundo e os homens com os olhos da fé tudo será uma manifestação e presença de Deus, uma perene Epifania.
Os magos não se apresentaram de mãos vazias. Ofereceram as suas riquezas: ouro, incenso e mirra.
O que temos nós hoje para lhe dar?
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Obrigado, Senhor Jesus, porque vieste também para nós! Obrigado porque nos arrancaste do poder das trevas, porque nos fizeste encontrar o Deus vivo e verdadeiro! 
Hoje, também nós vemos a luz e somos convidados a seguir a estrela do Menino; hoje, também nós somos convidados a adorá-lo, presenteando-o com os nossos melhores dons: o ouro das nossas boas obras, a mirra do nosso coração, o incenso do nosso amor!
Hoje, também somos convidados a admirar o exemplo dos sábios do Oriente, que vendo no céu o sinal do Rei nascido, não temeram deixar tudo e, humildemente, seguir a luz!
Como Abraão, o pai de todos os crentes, deixou a sua terra e partiu à ordem de Deus, sem saber para onde ia, assim também, aqueles que hoje são as nossas primícias para Cristo, partem, obedecendo ao apelo do Senhor, sem saber para onde vão!

Partamos nós também! Partamos da nossa vida cómoda, partamos da nossa fé tíbia, partamos do nosso cristianismo burguês, que deseja ser compreendido, aceite, e aplaudido pelo mundo... ou não veremos a luz do Menino!
Partamos, pois, e encontraremos Aquele que é a Luz do mundo!



"Regressaram à sua terra por outro caminho." (Mt 2, 12)
Quem procura?
De procuras e encontros (e também alguns desencontros!) se vai escrevendo a nossa história. Revelamo-nos tanto em tudo o que procuramos. Por isso também gosto muito de olhar para os magos que chegam ao presépio como representantes da procura humana que se agita dentro de nós. Procuramos mais felicidade, mais realização, mais conhecimento, mais amor. Não se trata de uma mera insatisfação porque nos maravilhamos com o que alcançamos, mas é como se um dinamismo maior do que nós nos habitasse. O problema é quando se transforma a procura na ânsia desmesurada de "ser deus" e não agradecemos nem saboreamos o que já alcançámos!
Quantas vezes procuramos fora de nós aquilo que está tão íntimo e próximo! Santo Agostinho di-lo nas suas Confissões: "Tarde te amei, beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! E eis que estavas dentro de mim e eu fora, e aí te procurava, e eu, sem beleza, precipitava-me nessas coisas belas que tu fizeste. Tu estavas comigo e eu não estava contigo. Retinham-me longe de ti aquelas coisas que não seriam, se em ti não fossem. Chamaste, e clamaste, e rompeste a minha surdez; brilhaste, cintilaste, e afastaste a minha cegueira; exalaste o teu perfume, e eu respirei e suspiro por ti; saboreei-te, e tenho fome e sede; tocaste-me, e inflamei-me no desejo da tua paz." Procuramos longe o que está perto, como também diz Sophia de Mello Breyner Andressen, num poema sobre a estrela que guiou os magos.: "Quanto deserto / Atravessei para encontrar aquilo / Que morava entre os homens e tão perto". No meio de todas as procuras não podemos esquecer a do nosso universo interior, aquela que faz descobrir riquezas incontáveis no íntimo de cada pessoa.
Mas o que verdadeiramente me espanta Natal742é que Deus também nos procure. Mais do que o "motor imóvel" de Aristóteles revela-se como Pai a lançar-se nos braços do filho pródigo, como Filho a pisar os nossos caminhos de terra e flores, como Espírito que sopra e semeia incêndios de amor. É d'Ele que aprendemos a alegria de procurar uns com os outros, de potenciar os dons diversos e tão interdependentes, de fazer a festa do encontro. É com Ele que vencemos o medo (até o medo de errar e de nos perdemos), que celebramos o esforço e promovemos a iniciativa, que recusamos as teias de aranha e a tentação fácil de condenar. É n'Ele que cada dia pode encher-se de descobertas e o que é pequeno e frágil ter uma beleza imensa. Que outro e novo caminho trazemos do Natal acabado de celebrar? Como se pode traduzir numa procura maior o encontro com Jesus Emanuel, o Deus-connosco? Queremos mesmo procurar?